terça-feira, 1 de abril de 2003

Karl Marx, filósofo e economista alemão, lutou bravamente contra a exploração do trabalho pelo capital. Juntamente com Friedrich Engels, escreveu uma das maiores e mais influentes obras político-econômicas do século XIX, O Capital: uma crítica ao capitalismo e à violenta apropriação da mão-de-obra da classe operária, imposta por este regime político, através da mais-valia (quantidade de horas trabalhadas que não retorna ao trabalhador em forma de salário, mas sim em forma de lucro ao capitalista) e a apresentação de uma proposta alternativa de sociedade, o socialismo.

Pois nos dias atuais presenciamos uma paradoxal situação. O trabalhador que outrora lutou contra a exploração da sua mão-de-obra, hoje vive uma busca incessante de algum capitalista que queira lançar mão da sua mais-valia. Ele chegou à lamentável conclusão de que necessita ser explorado para não morrer de fome. Com o advento da informática e da automação industrial, o ser humano tornou-se dispensável no processo produtivo dos tempos modernos. Quando muito, ele representa não mais do que uma peça totalmente descartável em casos de iminente instabilidade econômica. Essa situação é humilhante e degrada o ser humano no que lhe é mais importante para que leve uma vida digna: sua honra.

O grande poeta e compositor Gonzaguinha já dissera em seus versos:



[...] seu sonho é sua vida

e vida é trabalho

e sem o seu trabalho

o homem não tem honra

e sem a sua honra

se morre, se mata [...]



(Guerreiro Menino)



O capitalismo é excludente e concentrador de renda, e não gera nenhuma contrapartida em termos de benefícios à sociedade. O capitalista só pensa em si, seu egoísmo o despe de qualquer escrúpulo a ponto de transformá-lo num monstro capaz de exterminar o seu semelhante para garantir o seu lucro.

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