segunda-feira, 14 de abril de 2003

Sou uma cara extremamente paciente. Até demais, às vezes. Minha tolerância parece não ter fim; mas tem! Raramente alguém consegue me tirar do sério, mas quando consegue, saiam de perto. Mal comparando, faço uma analogia com uma montanha russa (dos parques de diversões), daquelas que têm uma enorme subida, muito íngreme, e logo em seguida uma queda brusca e violenta. Pois é: minha paciência é o carrinho da montanha russa que vai subindo lentamente movido pela encheção de saco, por desaforos, por faltas de respeito e de educação, por cinismo, por hipocrisia, por falsidade, enfim... tudo que pode acabar com a paciência de qualquer ser humano que tenha algum sangue correndo nas veias. Devido à minha benevolente personalidade, o carrinho sobe muito devagar, mas sempre rumo ao pico da montanha, que precede a grande queda. O pico é o limite. A queda é a conseqüência inevitável. Ela é rápida, devastadora e inconseqüente. Ninguém segura mais o carrinho depois que se principia a sua decida. É a minha paciência que se esgotou. É realmente incrível a maneira como eu me transformo; doa a quem doer, torno-me agressivo e faço coisas das quais venho a me arrepender amargamente depois; tomo atitudes que em hipótese alguma viriam da minha pessoa quando em estado normal. Muitas vezes eu exagero no revide querendo aplicar um remédio mais amargo do que a própria doença. Fazer o quê? Esse sou eu. E que bom que eu reconheça este defeito e o admita a ponto de alertar aos que comigo convivem. Considerem-se avisados, o Incrível Hulk está a solta! (He, he, he, he...)

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