sexta-feira, 30 de setembro de 2005

NULLA DIES SINE LINEA???

Está um pouco difícil, mas, como eu havia dito, esforçar-me-ei, nem sempre com êxito.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

O AMOR, POR MACÁRIO

Careço de compartilhar com meus minguados leitores esta quase perfeita definição do que é o amor, na sua total plenitude e imaculada pureza (perdoem-me as redundâncias, mas as julgo imprescindíveis para enfatizar o brilhantismo do excerto). Pinçado da obra dramática de Álvares de Azevedo, Macário, esta belíssima passagem traduz, na visão de Macário – personagem principal que empresta o nome à obra – o que seria o amor, sentimento que até então ele jamais experimentara. Ei-lo:

"...o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a dela..."

Álvares de Azevedo morreu às vésperas de completar vinte e um anos de idade, mas, a despeito de tão breve existência, fez-nos – amantes da literatura – privilegiados herdeiros de uma obra de inestimável valor literário. Num exercício imaginativo, visualizemos o bom e velho Álvares, lá com seus 50 ou 60 anos de idade, no auge da sua maturidade literária, escrevendo avidamente, dias e noites, até o ponto final de sua vida. Creio que teríamos presenciado a ascensão de mais um monstro da literatura universal, cá na terrinha.
Esta eu escutei hoje e achei muito boa:

"Pra mal entendedor, nem mil palavras bastam"

Daí, pensei de mim para comigo:

Se uma imagem vale por mil palavras, o que será do mal entendedor?

Ok! Você não entendeu nada?? Mais tarde eu posto um jotapeg, aqui. Mas... creio que será inútil.

domingo, 25 de setembro de 2005

QUIMÉRICO

Dia desses, tive um pesadelo bom
Noutro, um sonho ruim
Estranhei a inversão
Indaguei-me: "Como assim?
O pesadelo bom é um sonho!
Suponho
E o sonho ruim, um pesadelo!
Creio sê-lo"
Até que, por fim
Quando dei por mim
Entendi
O sonho e o pesadelo eram, sim
Um mesmo episódio que vivi
Confuso para ti?
Da mesma forma, para mim.

sábado, 24 de setembro de 2005

PLÁGIO III

A Poesia*
Manoel de Barros

OUÇA (Interpretação livre de Antônio Abujamra)

A poesia, a poesia está guardada nas palavras
É tudo que eu sei
Meu fardo é não entender quase tudo
Sobre o nada eu tenho profundidades
Eu não cultivo conexões com o real
Para mim poderoso não é aquele que descobre o ouro
Poderoso pra mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil
Fiquei emocionado e chorei
Sou fraco para elogios.


Sobre o autor:
Manoel de Barros nasceu em 1916 em Cuiabá (MT). Advogado, fazendeiro e poeta pantaneiro. Chamado de "Guimarães Rosa da poesia".

*Surrupiado amigavelmente do site Provocações. Uma molecagem lúdica.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Não tenho a menor pretensão de, um dia, andar armado, mas o fato de que a possibilidade de eu estar portando alguma espécie de arma de fogo seja considerada pelo marginal, quando da iminência de um assalto ou qualquer ato criminoso do gênero, com certeza me conforta. E acredito que não só a mim.

NÃO À LEI QUE PROÍBE A COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÕES.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

NULLA DIES SINE LINEA

Nem um dia sem uma linha, em latim.

Atribuída ao pintor grego Apeles, que não passava um dia sequer sem o exercício de sua arte - a pintura -, a frase acima, um tanto sisuda e autoritária, denota escancaradamente que, mesmo em se tratando de algo tão subjetivo e transcendental como a arte, a disciplina é indispensável, e sem ela a arte corre o sério risco de perecer. Depender tão-somente de inspirações fortuitas faz-nos atrofiados e despreparados para bem acolhe-las, quando de suas imprevisíveis manifestações, e dá-las a forma e o polimento merecidos. Não pensem que os grandes poetas compunham seus sonetos heróicos, com belíssimas chaves de ouro e rimas ricas e raras, num sobressalto de motivação criadora que os acossava em meio à madrugada, sem que nem uma gota de sangue ou suor fosse derramada. Ademais, a visita mal-recebida vai logo embora; a inspiração, sem guarida, desvanece. Portanto, a partir destas mal-traçadas, esforços não serão poupados para fazer valer a máxima que encabeça este post. Sangue, suor e disciplina: NULLA DIES SINE LINEA.

domingo, 11 de setembro de 2005


PARABÉNS, JORGINHO!

QUE ESTA DATA SE REPITA POR MUITOS E MUITOS ANOS E QUE NUNCA PERCA O SEU SIGNIFICADO!
AGORA, PODE ASSOPRAR AS VELINHAS!!!

(CHEGOU A HORA DE APAGAR AS VELINHAS, VAMOS CANTAR AQUELA MUSIQUINHA: PARABÉNS PRA VOCÊ, PARABÉNS PRA VOCÊ, PELO SEU ANIVERSÁRIO...)

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

RIO E MAR

Num desses dezesseis aconteceu
O rio, impetuoso, alcança o mar
E como não haveria de trilhar
A trilha natural do leito seu?

O amor traçou seu rumo. O lábio meu
Em se fazendo rio, foi procurar
Naquele dezesseis o lábio teu
Em busca do conforto do teu mar

E o encontro esplendoroso que se deu
Na permuta de fluidos, rio e mar
Marcou, no lábio meu, o lábio teu

E o rio, embora possa aparentar
Perder-se de seu rumo, não esqueceu
Que todos os caminhos levam ao mar.

sábado, 3 de setembro de 2005

Estamos passando por uma fase crítica de substituição do equipamento através do qual torna-se possível a existência errante deste humilde panfleto virtual. Tenham paciência, em breve retomaremos a nossa programação normal, e com a assiduidade habitual.

Relatar-lhes-ei, noutra oportunidade, sem omitir os detalhes mórbidos, a batalha homérica que até hoje estou travando com a VENDITORE INFORMÁTICA, de Porto Alegre, para receber o meu PC.

De antemão, alerto-lhes: o barato sai caro!

NÃO COMPREM NA VENDITORE INFORMÁTICA!!