sábado, 29 de setembro de 2007

SÓ R$ 15,00!!

E veio à luz o tão ansiosamente aguardado (ao menos, por mim) livreto. Poemas Tortos (e alguns parênteses), por fim, tomou forma e caiu no mundo. E, diga-se, num mundo deveras hostil a toda e qualquer manifestação cultural que se queira arte. Sim, “que se queira”, pois, embora os esforços não tenham sido parcos, careço de confirmações, ainda, a respeito da qualidade literária de minha poesia. Confirmações internas (isso é entre mim e minha consciência) e externas. As internas, resolvê-las-ei com o passar dos versos, já as externas são de competência exclusiva de meus leitores e críticos - que sejam duros, mas sem jamais perder a ternura.

São oitenta e oito páginas de pura poesia, a serem degustadas indiscriminadamente. Há quem já lera muitos de meus textos aqui, neste blog. Porém, a pretensão deste humilde “cordel” é possibilitar a todos que, de uma forma ou de outra, nutrem certa simpatia pelos meus escritos, bem como àqueles que não possuem um convívio tão íntimo com a Internet, um contato mais informal e palpável, avalizado pelos cinco sentidos humanos – quiçá seis, uma vez que a intuição, bem aplicada, será de grande valia na dissecação destes versos tortos.

Poder-se-á, por exemplo, folheá-lo placidamente na tranqüilidade real do trono universal (leia-se vaso sanitário). Pode-se transportá-lo dentro da pasta, ou da bolsa, e sacá-lo de pronto sempre que melhor convier: no ônibus, na beira da praia, numa roda de amigos boêmios (que certamente estarão embriagados e suscetíveis a tais sutilidades líricas), no trabalho...

A gestação foi longa, posto que há poemas dos idos de 2003, cuja imaturidade literária salta-nos aos olhos, mas que possuem sua dose de imprescindibilidade, haja vista que, sem tê-los escrito, não haveria evolução nem amadurecimento. Devo-lhes muito, portanto.

A sensação do dever cumprido, com a qual imaginara-me de mãos dadas após o término do livro, curiosamente não se fez presente. Contrariamente, em se findando uma tarefa, há que se começar a planejar a feitura da próxima. Este é o dilema do poeta que, conforme já dissera o poeta inglês W. H. Auden, “[...] só é poeta no momento em que faz a última revisão de um novo poema. Um momento antes, era apenas um poeta em potencial, um momento depois, é um homem que parou de escrever poesia, talvez para sempre”.

Portanto, urge que o fim esteja sempre ligado visceralmente ao começo de algo novo.