Um tapa de silêncio
Uma lufada de indiferença
Um golpe de descaso
Um sulco da tua unha
Na minha pele. Uma fenda
Profunda
Outro tapa: agressão
Na carne e na alma
Disparates disparados
A esmo
Muitos pegam, poucos não
A cólera é já outra
O estrago inda é o mesmo
Gritos, gritos, gritos
E eu aflito, aflito
Silencio: desprezo?
Não, desespero
E medo. Muito medo!
Medo sombra, companheiro
Cala a boca!
Dedo em riste: chega!
Um raivoso, outro triste...
Um pranto úmido e sonoro
O outro mudo e represado
Não dá mais! Aparta!
E o amor? Aquele amor?
Aquele que se foi
Tão forte quanto veio?
Como ficam a flor, a cor, o olor?
Me perdoa. Eu te amo
Eu te odeio.
Um comentário:
Quase um santo...
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