sábado, 14 de julho de 2012

GUERRA E PAZ - TOMO II


Fim do segundo tomo do grandioso e épico Guerra e Paz. Ante a aliança (frágil e efêmera, ver-se-á) entre os soberanos Napoleão e Alexandre, as sangrentas batalhas dão lugar aos amores: falsos, verdadeiros, submissos, rancorosos, arrebatadores, decepcionantes... de todo o tipo que há e que hão de haver, mas, sobretudo, amores. Bailes e reuniões aristocráticas servem de subterfúgio para aproximar pessoas e separar casais, construir e destruir reputações, contemplar nobres e vis interesses. Personagens revelam-se piores ou melhores, ao sabor das mais íntimas intenções, e surpreendem-nos a cada capítulo. Personalidades vão se revelando e contradizendo-se, expondo a marca mais essencial - e a mais negada - do ser humano: a incoerência. Tudo magistralmente narrado por um dos maiores gênios da literatura universal. Ao fim do tomo, os desentendimentos entre os impérios francês e russo recrudescem, rompe-se a aliança e a guerra torna-se iminente.

De momento, suspendo a degustação do delicioso romance para por em dia a leitura das minhas Caros Amigos, cujo passivo já soma quatro edições. Em breve tempo ponho-a em dia e, então, retorno às cidades de Moscou e Petersburgo, lá por volta de 1810, ciceroneado por ninguém menos do que o grande Tolstói. Foram aproximadamente 1200 páginas; meio caminho andado - lenta e contemplativamente, como convém.

Um bom romance sempre será a melhor viagem.

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