ANDO LENDO



HOMEM INVISÍVEL

O homem invisível é a história de um jovem negro que sai do sul racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova York, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas, e também para negros radicais, ele deseja apenas ser como é, e não um “homem invisível”, onde todos veem o que o rodeia e não a ele próprio.



O CAPITAL

O capital é uma contribuição basilar ao pensamento anticapitalista, em especial a tradição marxista, que de certo modo se consolida com este livro. O objetivo de Marx era, por meio de uma crítica da economia política, compreender como o capitalismo funciona. Diante desse desafio, ele desenvolveu um aparato conceitual e metodológico para entender toda a complexidade do capitalismo, as categorias que constituem a articulação interna da sociedade burguesa e a relação direta entre acumulação de capital e exploração da força de trabalho.




TODA POESIA

Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada 'geração mimeógrafo'. Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia - do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia comprazer--se em mostrar um 'à vontade' que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos. Entre sua estreia na poesia, em 1976, e sua morte, em 1989, a poucos meses de completar 45 anos, Leminski iria ocupar uma zona fronteiriça única na poesia contemporânea brasileira, pela qual transitariam, de forma legítima ou como contrabando, o erudito e o pop, o ultraconcentrado e a matéria mais prosaica. Não à toa, um dos títulos mais felizes de sua bibliografia é Caprichos & relaxos: uma fórmula e um programa poético encapsulados com maestria. Este volume percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia. Livros hoje clássicos como Distraídos venceremos e La vie en close, além de raridades como Quarenta clics em Curitiba e versos já fora de catálogo estão agora novamente à disposição dos leitores, com inédito apuro editorial.




FURACÃO SOBRE CUBA


A Editora do Autor apresenta, pela primeira vez em livro, com um prefácio especial de Sartre para o público brasileiro, este impressionante depoimento sobre a revolução cubana – o mais completo, independente e esclarecedor até agora publicado. O autor, figura controvertida de escritor e filósofo, das maiores do nosso tempo, apresenta os aspectos mais heroicos e mais humanos dos rebeldes, principalmente de seus jovens chefes, surpreendidos na intimidade da luta cotidiana para manter acesos os ideais e as conquistas da Revolução. Trata-se de obra imprescindível a quem deseja a prefeita compreensão desse extraordinário fenômeno revolucionário, absolutamente inédito nas páginas da História, e que se propõe, no dizer de Fidel Castro, “não a fazer baixar sobre Cuba uma cortina-de-ferro, mas a erguer sobre a América, aos olhos do mundo, uma cortina de luz”.



O QUE É O MARXISMO

O marxismo é uma concepção geral e total do homem e do universo. Em função dessa concepção de mundo, é uma crítica da sociedade em que nasceu o marxismo, isto é, uma crítica da sociedade capitalista. [...]

Em geral, para o público, inclusive para o público que supõe ser marxista, o marxismo é apenas uma crítica da sociedade capitalista e um programa de luta pelo socialismo. Contudo, na realidade, estas são apenas partes do marxismo, e partes subordinadas à concepção marxista do homem, que é a essência e o ponto de partida do marxismo - lógica e cronologicamente.



TODOS ENTOAM

Um dos maiores nomes da música paulista, Luiz Tatit fala de suas lembranças, comenta e divide suas reflexões teóricas sobre músicas, cantores e compositores neste livro. São 16 ensaios sobre a canção popular, cancionistas e assuntos correlatos. Além disso, traz uma grande entrevista com Tatit, que conversa com um elenco seleto de entrevistadores. De Recife a Roma, de Buenos Aires a Belo Horizonte, de Portugal à Holanda e aos Estados Unidos, músicos como Arnaldo Antunes e Zélia Duncan, professores, editores e o ensaísta e poeta Francisco Bosco fazem perguntas ao músico.

Além dos ensaios, a publicação também traz as letras de músicas de Luiz Tatit, músico e ensaísta professor do departamento de Letras da Universidade de São Paulo. Foi um dos fundadores do Grupo Rumo e desde 1997 alçou vôo solo na MPB. É autor de ensaios extremamente importantes para a compreensão da música brasileira e um dos maiores expoentes da vanguarda paulista.



ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford. Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários. Entretanto, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos.



CRIME E CASTIGO

Publicado em 1866, Crime e Castigo é a obra mais célebre de Fiódor Dostoiévski. Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petesburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César e Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Este ato desencadeia uma narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para perservar sua dignidade contra as várias formas da tirania.



FRANZ KAFKA - SONHADOR INSUBMISSO

Este livro trata-se de uma tentativa de por em evidência a dimensão formidavelmente crítica e subversiva da obra de Kafka, tantas vezes ocultada. Uma sede infinita de liberdade em todas as direções - não haveria modo melhor de descrever o fio vermelho que atravessa tanto a vida quanto a obra - tragicamente inacabada - de Kafka.





O ZERO E O INFINITO

O zero e o infinito se passa em um país sem nome, dominado por um governo totalitário. Rubashov, antes um personagem poderoso no regime, percebe que sua situação mudou por completo quando ele é preso e julgado por traição. O embate dialético entre o indivíduo e a coletividade é o mote central de “O zero e o infinito”, o livro que provocou um verdadeiro cisma na esquerda europeia do pós-guerra. Visto como o romance fundamental sobre o período do Grande Expurgo stalinista e colocado par a par com obras marcantes do pensamento antiditatorial como “A revolução dos bichos” e “1984”, a obra- prima de Arthur Koestler mantém seu vigor ainda hoje - não por ter sido tomada como instrumento ideológico, mas por ser um fino estudo literário sobre um homem só diante de uma decisão impossível.



Nenhum comentário: