| Obs.: a frase acima não é de autoria de Voltaire, embora lhe seja atribuída, mas ilustra perfeitamente o seu pensamento sobre Liberdade de Expressão. |
Tenho pensado muito, ultimamente, sobre o tema Liberdade de Expressão, se deve ser relativa ou absoluta. Se relativa, qual o limite; se absoluta, quais as consequências. Hoje – e este posicionamento ainda não me é definitivo, posto que o tema é delicado e controverso –, tendo a filiar-me à ideia de que a Liberdade de Expressão deva ser absoluta, com base na seguinte pergunta: se relativa, quem definiria seus limites?
Sabemos que, em uma república democrática, tal papel caberia ao Estado. Mas também sabemos que, no sistema capitalista, o Estado serve à burguesia. Logo, concluo que Liberdade de Expressão relativa numa sociedade capitalista é o mesmo que Liberdade de Expressão alguma para a classe trabalhadora, e absoluta para a classe dominante. Ou seja, à classe trabalhadora e à esquerda, não resta alternativa que não a de defender com todas as forças a Liberdade de Expressão ABSOLUTA como o único cenário em que lhe será, também, garantido esse direito, pois, se não é absoluto, não é pra todos, e se não é pra todos, não será pra nós.
Eles poderão falar as atrocidades que quiserem – e o farão sem o menor pudor, como já o fazem, sem encontrar resistência –, mas, ao menos, nós TAMBÉM poderemos falar livremente, sem a censura de que seríamos vítimas num contexto de Liberdade de Expressão relativa.
É, novamente, como sempre o é, sobre a Luta de Classes, companheiros.
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