domingo, 15 de junho de 2003

TÁ TUDO ERRADO, COMPADRE!

Sempre entendi por "absurdo" aquilo que não tem pé nem cabeça, ou seja, a minhoca. Apresento-lhes o meu minhocário:

Pago, religiosamente, durante longos 48 meses, a prestação do consórcio de um veículo. Ao quitar a última e derradeira parcela, sonhando em apenas usufruir agora dos benefícios a que faço jus, dão-me conhecimento de que as regras mudaram e que terei de continuar pagando por algo que já paguei (parece loucura, né?)! E ainda, pasmem!, embora tendo direito a uma Kombi zero quilômetro, entregam-me um Fusca usado!* O que é isso? É a hipócrita reforma da previdência com sua infame contribuição de inativos. Que absurdo!

E aquele partido político historicamente de esquerda, de ideologia socialista, que passou a conversa em todos nós, e que, ao chegar ao poder máximo da nação, adotou um comportamento extremamente contraditório, com ênfase no capitalismo internacional; enquanto os antigos conservadores de direita fazem agora oposição, defendendo o povo como se de esquerda fossem? Personagens: aquele, o PT; estes, o PFL e o PSDB. Creio que não exista mais esquerda nem direita, são todos ambidestros, andrógenos, bissexuais (farinha do mesmo saco). Outro absurdo!

Privatização da nossa economia?! Como assim? Resposta: autonomia do Banco Central. O senhor Henrique Meireles, presidente mundial do Bank Boston (diz-me com quem andas...), governará o Brasil sem ter recebido um voto sequer. Ah, desculpem-me, ele tem o voto de confiança do presidente, é claro (e do FMI). Privatização é um termo relativamente brando para o caso. Digamos que o episódio resulte na "internacionalização" de um órgão que é o ícone financeiro e econômico de qualquer nação soberana. Mais um absurdo!

Partindo agora para os absurdos além-fronteira. Já ouviram falar de "guerra preventiva"? O próprio termo já é em si mesmo de uma contradição absurda! É a mais nova técnica estadunidense para evitar guerras futuras (para que deixar para amanhã o que se pode destruir hoje?). Tudo em nome da paz; a guerra não leva a nada, não é mesmo? É o cúmulo do absurdo!

PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!

*Os veículos citados têm intuito meramente ilustrativo, por isso utilizou-se os saudosos e já falecidos Kombi e Fusca.

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