terça-feira, 10 de junho de 2003

Terminei de ler, nesse domingo que passou, O Vermelho e o Negro. Como definir tal obra?

F A N T Á S T I C A, E X T R A O R D I N Á R I A, M A G N Í F I C A, P E R F E I T A ! ! ! ! !

Faltam-me adjetivos para qualificá-la. Acho que os utilizados acima se aproximam bastante do que foi para mim a leitura deste maravilhoso clássico da literatura universal. Uma verdadeira aula de estilo literário aliada a uma espetacular história, digna de um..., de um..., de um Stendhal, ora! Sua grandiosidade não carece de comparações nesta hora. Para todos que amam a boa literatura, é um dever ler O Vermelho e o Negro.

Vejam algumas das passagens do livro que mais me impressionaram (frases e pensamentos do protagonista, Julien Sorel):

"Não tenho nenhuma fidalguia, preciso de grandes qualidades, dinheiro à vista, sem suposições complacentes, bem provadas por ações eloqüentes."

"As paixões não passam de um acidente na vida, mas tal acidente só se cumpre nas almas superiores."

"...Um caçador dá um tiro numa floresta, cai a presa, ele se lança para apanhá-la. Seu calçado fere um formigueiro de meio metro de altura, destrói a habitação das formigas, semeia seus ovos longe das formigas... As mais filosóficas entre as formigas nunca poderão compreender este corpo negro, imenso, temível: a bota do caçador, que de repente penetrou em sua morada com uma incrível rapidez e precedida de um espantoso ruído, acompanhado de centelhas de um fogo avermelhado..."

"Uma mosca efêmera nasce às nove horas da manhã nos dias longos de verão, para morrer às cinco horas da tarde; como compreenderia a palavra noite? Dêem-lhe cinco horas a mais de existência, ela verá e compreenderá o que é noite."

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