segunda-feira, 11 de agosto de 2003

Nas cercanias da minha sábia ignorância - sábia, sim! Pois somente ela e o "admiti-la" me levam a combatê-la incessantemente - descobri Eduardo Galeano (já não era sem tempo). Fantástico escritor uruguaio, conhecedor das entranhas desse continente maravilhoso descoberto (usurpado?) por Colombo. A América Latina, historicamente violentada, explorada, aniquilada, é descrita e decantada em todo o seu esplendor e tristeza por este grande proseador. Eduardo Galeano é dono de um texto agradável e escorreito, sem rebuscamentos e abundante em conteúdo. O Teatro do Bem e do Mal, através do qual me foi apresentado o referido autor, é uma aula de política internacional onde os papéis de opressor e oprimido se definem com clareza e nitidez absurdas. Ele sabe e diz o que sabe. Escarafuncha a ferida aberta e expõe as mazelas do continente e do mundo sob o jugo do imperialismo estadunidense. No momento estou lendo Dias e Noites de Amor e de Guerra, do mesmo autor, do qual extraio esta frase que se encaixa com perfeição no nosso atual momento:

"O poder é como o violino: pega-se com a esquerda e toca-se com a direita." (He, he... Sarcástico!)

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