quarta-feira, 6 de agosto de 2003

O CICLO

Vaivém no dia-a-dia
Do meio dia
Ao caralho-a-quatro
Diálogo diabólico
Da boca pra fora
Entre o assim assim
E o senão

Puta merda, cara! Isso aí é poesia? Pra mim não passa de medíocre logogrifo e logomaquia. Se existe sentido em tais versos, com certeza o autor guardou-o para si e, de tão bem guardado, aposto que nem ele mesmo é capaz de encontrá-lo. E o tal "poeta", pasmem, já publicou até livros; e foi objeto de matéria em revista cultural de renome. Assim, até eu...

Vejam só este outro "enigma" do mesmo autor:

O PRATO

Uma noite dessas
Numa outra parte
Da noite
Hum corpo qualquer
Entra de cabeça
De qualquer
Jeito adentra
Sem abrir o escuro
E sem pedir licença
Põe-se à mesa do prato voraz

Não é por vir sob o rótulo de poesia que será indiscriminadamente passível de admiração toda e qualquer bobagem que nos jogam à cara. O senso crítico deve prevalecer, e, acima de tudo, o bom-gosto. É tão-somente a minha humilde opinião.

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