Pegou seu carro e saiu sem rumo, sem perceber que seu inconsciente o guiava por entre ruas e becos já esquecidos.
Parecia-lhe que o veículo adquirira vida própria e o levava a locais obscuros de sua mente, mas que o proporcionavam uma saborosa sensação de nostalgia e reencontro.
Reencontro consigo mesmo, noutros tempos, noutras vidas, noutros lugares, desconhecidos e estranhamente familiares, inóspitos e assustadoramente acolhedores.
Deixou-se levar...
Realidade! O relógio, o marcador de combustível, a barba por fazer, o compromisso de mais tarde, o trabalho de amanhã.
A vida é assim: tão docemente cruel!
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