terça-feira, 5 de julho de 2005

NOSSO HERÓI

Na minha modesta opinião, no que tange o atribulado momento político que vive hoje o país, o nosso "ilustríssimo" deputado Roberto Jefferson, com o aval da mídia tendenciosa e maliciosa, surrupiou a fotografia da realidade, substituindo-a pelo seu negativo. Inverteram-se os papéis: o acusado virou, de súbito, acusador!

Há que se ter muita cautela ao se lidar com situações delicadas como as que ora presenciamos para que não se cometa nenhuma injustiça com quem quer que seja. As providências necessárias devem ser norteadas pela precaução e seriedade. O oba-oba da mídia está, no meu ponto de vista, demasiadamente carnavalesco. E assim se vai vendendo jornais e revistas aos borbotões.

Parece-me que há muita coisa ao avesso em meio a este espetáculo todo. Quem seria o herói, e quem, o bandido? Não sei. Mas depois do episódio "Ibsen Pinheiro", reservo-me o direito de assumir o papel de reticente espectador até à conclusão do soneto – e, espero, sem emendas a remendá-lo.

Triste a pátria cujos heróis somente assim o são por denunciarem seus iguais.

P.S.: Essa mesma mídia maledicente que hoje se alvoroça euforicamente com seus denuncismos vazios, noutros tempos, estranhamente, silenciou-se em casos de grande relevância para o país, tais como: o caso SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), as privatizações (Telebrás, Vale do Rio Doce, Embraer, etc...), a suposta compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, o PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional), entre outras tantas negociatas que dilaceraram a nossa já então agonizante soberania.

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