sábado, 24 de setembro de 2005

PLÁGIO III

A Poesia*
Manoel de Barros

OUÇA (Interpretação livre de Antônio Abujamra)

A poesia, a poesia está guardada nas palavras
É tudo que eu sei
Meu fardo é não entender quase tudo
Sobre o nada eu tenho profundidades
Eu não cultivo conexões com o real
Para mim poderoso não é aquele que descobre o ouro
Poderoso pra mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil
Fiquei emocionado e chorei
Sou fraco para elogios.


Sobre o autor:
Manoel de Barros nasceu em 1916 em Cuiabá (MT). Advogado, fazendeiro e poeta pantaneiro. Chamado de "Guimarães Rosa da poesia".

*Surrupiado amigavelmente do site Provocações. Uma molecagem lúdica.

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