Acomete-me, amiúde, uma ânsia desenfreada por criticar (considere-se o verbo na sua conotação mais pejorativa) o imortal mais comercializado do planeta: Sir Paulo Coelho. No caso em voga, creio tratar-se não de uma crítica propriamente dita, mas de apenas uma constatação feita por um preconceituoso amante da boa literatura a respeito da sua própria percepção – eu a respeito de mim mesmo.
Preconceituoso. Sim, admito. Fui e continuo assim o sendo! Em se tratando de Paulo Coelho, a posterior formação de um lúcido conceito em relação ao mago corrobora a pleno qualquer tipo de preconceito acerca do mesmo, quando não o reforça.
Jamais o havia lido, tampouco me haviam despertado curiosidade seus esboços de auto-ajuda disfarçados de literatura, mas escancarava aos gritos e gargalhadas debochadas a sua notória desqualificação literária. Preconceito puro, porém, verão, mais do que justo.
Uma vez que me negava terminantemente a ir ao encontro do mago, o mago veio DE encontro a mim. Dia desses, deparei-me com a “grande obra” do “mestre” (haja aspas para falar do “grande escritor”!). Inteligentemente, embora assustado e arredio, decidi por fazer valer a vontade do acaso. Li-a. Em meio a náuseas, ataques violentos de riso e gélidos suores, fui até onde pude, e confesso-lhes que, dadas a pobreza e mediocridade do texto, acredito que meu esforço tenha sido heróico.
Conceito pronto! Opinião formada: é muitíssimo pior do que eu pressupunha! Não é pobre, mas sim de uma miserabilidade literária deprimente. Frases quebradas, descontinuadas e avaras. Lugares-comuns e frases feitas pululam entremeados por transcendências pífias e espiritualidades charlatãs.
UM FUSCA ROXO, ZERO QUILÔMETRO, PRA QUEM ME APONTAR UMA FIGURA DE LINGUAGEM – OU DE PENSAMENTO – ACEITÁVEL EM ALGUM TEXTO DO PSEUDOMAGO!!!
Decepção?? Nada!!! Feliz confirmação!
Moral da fábula: meu conceito confirmou, com requintes de crueldade, meu preconceito.
Moral da moral da fábula: todo preconceito é justificável em se tratando do “grande mago”.
2 comentários:
Hehehehe!!! Eu, por enquanto, só tenho o preconceito. Mas, lendo tua crítica, até me deu vontade de formar um CONCEITO! :D
Amigão, outra coisa: FELIZ ANIVERSÁRIO!
Forte abraço,
Douglas.
Porra!
Postar um comentário