quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

POETA FOLGADO

Nasci para o ócio
Que baita negócio!
Sem chefe nem sócio
Vadiagem congênita
Meu vício e ofício

Que posso eu fazer
Se o meu proceder
Não cheira a virtude?
O que se há de fazer?
Eu fiz o que pude

Roubar não me apraz
Nem gozo de posses
Tanto quanto pensas
Viver a expensas?
Perfeito! De quem?!
Neste vai-e-vem
Tornei-me poeta!

Perdoa este errante
Sem norte nem meta
Avesso ao labor
Operário do verso
Poeta do amor
Poeta da dor
Poeta, portanto
De todo o universo.

Um comentário:

Sergio disse...

Gênio. Como todos, incompreendido.