quinta-feira, 13 de maio de 2010

SOBRESSALTO

Saltei de um pesadelo medonho e pus-me sentado na cama, concedendo-me um tempo pra sair da letargia. 04:12. Tão logo pude, tateando a escuridão, corri ao banheiro, acendi a luz, e escancarei a torneira da pia: água, tão-somente! Fria, translúcida e molhada. Água no seu aspecto mais comum e ordinário. Cadê aquele sangue todo que golfava da torneira há segundos, com o que eu escovava prazerosamente meus dentes - consciente de tudo, mas indiferente a tudo?

A vida real é tão verossímil, tão coerente e previsível... Nada se compara às absurdidades do universo onírico - a expressão mais viva da vida!

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