domingo, 11 de julho de 2010

SONETO DA TRAIÇÃO

Sempre me agigantava em teu desvelo
Seguro nos teus muitos braços fortes
Mas, hoje, pude ver, sem querer vê-lo
Teu mais cínico ato, sem recortes

Amei-te de um amor cego e inocente
E fiz desta paixão brioso escudo
Por nós, fiz-me, na guerra, combatente
Injuria a teu respeito!? ALTO! CALUDA!

A sós, sabia bem, não era nada
Portanto, quis-nos juntos, e rumamos
Até que me expurgaste em meio à estrada

Em nome de algo que não conclamamos
Traíste-me. O amor não deu em nada
Tomaste o descaminho. Onde é que erramos?

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