sábado, 11 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010

Pois é. Cá estamos de novo. Mais uma eleição a nos fustigar a consciência - coisa que os grandes protagonistas do "espetáculo democrático", os políticos, nem sabem que existe. E eu, embasbacado diante do horário eleitoral gratuito (?), encontro-me fortemente inclinado a, novamente, exercer o meu sagrado direito (?) do voto da maneira mais anárquica e libertária que vislumbro: anulando-o.

O asco que ando sentindo em relação ao pútrido jogo político brasileiro compele-me a agir assim. É verdadeiramente um jogo, cujas cartas são marcadas e os coringas nos são sonegados. Nada mudará pelas mãos desses sanguessugas inescrupulosos e, jamais, o simples fato de ser-nos facultado o direito de pô-los lá far-nos-á cidadãos, tão-pouco conferirá ares democráticos à nossa tosca existência como sociedade.

O Partido dos Trabalhadores, por cuja causa, outrora, suei sangue, há tempos que não é merecedor do meu voto. Respeito opiniões contrárias, mas tenho meus motivos para, na condição de trabalhador, elevada à potência de servidor público, manifestar-me neste sentido.

"Estou achando muito engraçado no Brasil as pessoas quererem trabalhar  30 horas, daqui a pouco as pessoas querem ganhar sem trabalhar." 

Presidente Lula.

Pérolas como essa fizeram-se repensar muita coisa.

O PSol nada mais é que o filho ambicioso e mimado querendo matar o pai pra ficar com a herança. Bate no pai, bate na mãe, bate no irmão, enquanto o seu cachorro morre de fome.

De repente, algo me soa troantemente: "Contra burguês, vote dezesseis."

Não vou mais anular o meu voto. Sufragiar-vos-ei, dezesseis. De rabo a cabo (de deputado a presidente)! Chega de acreditar nestas agremiações que são de esquerda tão-somente até onde o jogo político as permite ser de esquerda; socialistas, desde que não perturbem a paz capitalista; humanistas, desde que as pessoas não interfiram nos índices da BOVESPA.

Quero novamente a utopia exeqüível refletida no olhar colérico daqueles que realmente querem virar do avesso o que já está pra lá de revirado. Quero voltar a esmurrar ponta de faca até a faca pedir arrego. Quero - e vou - votar num partido que ainda profere larga e atrevidamente a palavra revolução, na mais pura acepção do termo, e ostenta, sem constrangimento, a indelével insígnia da foice e martelo. A partir daqui, vou de PSTU. E o resto, que vão - respeitosamente - tomar no CU!

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