Hoje eu comi merda! Estranhamente, o gosto não me pareceu
tão ruim quanto eu temia. Talvez por ter sido resultado de uma evacuação minha,
e não de outrem. Jamais provaria a merda advinda de evacuações alheias - sei
lá, sentir-me-ia íntimo demais do alheio. Saboreando-a, notei que havia tudo de
mim nela, com exceção, talvez, da minha alma - ao menos não a percebi na
degustação. De resto, era eu sob uma nova forma, uma forma abjeta e repugnante,
sob a qual muitos, certamente, percebem-me a mais tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário