terça-feira, 27 de janeiro de 2015

HOMEM QUE É HOMEM CHORA - RÉPLICA

E por falar em rótulos, tacaram uma etiqueta de MACHISTA na cara de um poema meu. Causou-me espanto, e até mesmo tristeza, essa (des)qualificação, pois não me percebo machista – ao contrário, abomino qualquer tipo de preconceito ou discriminação – e não gostaria jamais de parir versos com tal viés, nem por equívoco, nem em pesadelos! Mas, lendo e relendo meticulosamente o dito poema, interpretando-o sob tantas várias óticas quanto pude, confesso, não lhe consegui extrair nem uma entrelinha machista sequer! Fico pasmo! Estou ficando cego e caduco? Será que o machismo me está tão entranhado que não consigo nota-lo? Sei lá. Talvez uma linha literária assexuada seja a medida mais acertada e segura para não ser rotulado de machista, ou feminista, ou misógino, ou homofóbico...

Em tempo: o poema de que falo é este cá embaixo. Minha ideia-mater era demonstrar, pela via lírica, que o homem pode chorar despudoradamente sem que isso o torne um fraco ou covarde. E que a mulher, por sua sensibilidade e força, tem papel fundamental na condução deste processo de “libertação” masculina – o que não a diminui, mas a dignifica. Era pra ser uma sincera homenagem a todas as mulheres – amantes, mães, filhas, irmãs, amigas... Mas, se minhas mesuras as estão ofendendo, serviriam minhas grossuras como prova da igualdade reclamada? Não creio.


Mães, comecem já! Digam aos seus filhos que HOMEM QUE É HOMEM CHORA.

Nenhum comentário: