Viver é o caminho pra morte
E eu sigo com um pé neste norte
E um no passado distante
Passado é forte barbante
Que me ata a tempos infantes
De tantas felizes lembranças
Um tempo em que eu era criança
E a morte era de uma distância
Que, só de pensar, desistia
E a vida somente seguia
Levando avós, tios e tias
Ausências sutis no natal
Um dia não houve natal
A vida mandou-me o sinal
Que a morte ocultara até então
A vida passou de roldão
Deitando o passado no chão
Calçando o caminho pra morte.
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