domingo, 25 de maio de 2003

"De médico e louco, todos temos um pouco". De médico, nem tanto (estaríamos mais para farmacêutico ou enfermeiro, né?), mas de louco, com certeza, todos nós temos um bom bocado. Realmente, "de perto ninguém é normal" (conheça a fundo uma pessoa e descubra o seu lado "anormal"), e acho que essa suposta loucura de que falo faz parte da normalidade de todo ser humano. Cada um de nós possui as suas peculiaridades e particularidades de comportamento que, aos olhos de outra pessoa, podem parecer estranhas e esquisitas. Um pouco por não entendê-las – já que não lhes dizem respeito – e um pouco por ter também esta outra pessoa os seus pormenores de comportamento, o seu modo de ver as coisas, diversos dos nossos. "Cada um, cada qual", eu sempre digo. Anormal é aparentar permanentemente uma falsa imagem de sobriedade e lucidez. Alguém assim, ou é louco – patologicamente falando – , ou profundamente infeliz. Desconfiem deste cara, ele pode ser perigoso! A loucura e a felicidade são irmãs siamesas. Parafraseando o grande intérprete da MPB, Ney Matogrosso, na linda canção Balada do Louco: "Louco é quem me diz que não é feliz. Eu sou feliz".

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