domingo, 25 de maio de 2003

Questões acerca do "bom-dia".



Por que, invariavelmente, consideramos uma gafe quando damos bom-dia à tarde ou à noite e, rapidamente, ao nos darmos conta, corrigimo-nos para não pensarem que ainda não almoçamos? O bom-dia não é propriedade exclusiva do período matutino do dia.



Quando digo "bom-dia", posso estar querendo desejar que o dia inteiro do meu interlocutor seja agradável, seja bom. Afinal, o dia tem 24 horas, não? Se eu, à tarde, lhe desejar boa-tarde, estou me privando de agir como um verdadeiro cavalheiro, quando poderia desejar-lhe não apenas uma tarde boa, mas o dia todo. BOM-DIA!



E se encontrarmos um amigo lá pelas altas horas da madrugada? Diremos "boa-madrugada"? Ou, pelo fato de estar escuro ainda, lhe desejaremos boa-noite? Digamos logo "bom-dia"! Não soará tão estranho pois a madrugada, de certa forma, faz parte da manhã. Mas não nos furtemos a desejar um sincero bom-dia a alguém apenas por não estarmos no período compreendido entre 6h da manhã e meio-dia.



Portanto, neste exato momento, estando eu já almoçado, desejo-lhes um sincero e franco BOM-DIA!



P. S.: Dizem que quando alguém lhe dá bom-dia à tarde, é porque ele quer que lhe paguem o almoço, mas daí já é sacanagem, né? He, he, he...

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