sexta-feira, 2 de maio de 2003

Existe um certo tipo de pessoa que possui um talento nato para constranger e desagradar aos outros. Daquele tipo "Perco o amigo mas não perco a piada!", sabe? Acho que todos nós conhecemos alguém assim. Eles estão em todos os lugares, nos mais variados ambientes, esperando o momento certo, a abertura de uma brecha, para fazer a sua colocação destruidora que, de tão baixo nível, acaba constrangendo não só a vítima da agressão, mas também todos os presentes.



Sinceramente, eu não consigo imaginar o que leva uma pessoa a agir dessa maneira, disparando agressões gratuitas somente para se promover. Será que o prazer que ela sente ao humilhar aqueles que fazem parte de seu convívio é tão grande a ponto de não dar a mínima importância aos sentimentos alheios, pisando e tripudiando até mesmo os mais humildes? Pessoas humildes também têm orgulho, sabiam? Ou será que, na sua ignorância, este ser insensível cogita que, com seu espetáculo grotesco, rebaixando as pessoas a coadjuvantes de seu filme pastelão, será admirado e visto como alguém superior, um gênio da retórica?



Essas criaturas arrogantes são pessoas pobres de espírito e que acabam por impor medo a todos que as rodeiam. Todos, sem exceção, são alvos em potencial de suas brincadeiras sádicas e sem graça. Todos, um dia, serão vítima. Todos se afastarão por medo. São pessoas burras, pois não brilham com seus próprios talentos (não os têm), mas sim apoiados nas fraquezas de outrem – o máximo que sua falta de inteligência os permite. Elas acreditam estar conquistando a admiração da sua platéia, mas estão angariando nada mais do que o menosprezo e o asco de todos.



Pessoas assim podem ser felizes? Será isso tudo uma fachada que encobre uma alma perturbada, carente de luz e atenção? Não sei. Só sei que repudio esse tipo de gente e, ao mesmo tempo, tenho pena deles.

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