sábado, 20 de setembro de 2003

MOÇA DAS PULSEIRAS



O turvo ambiente te traz misteriosa

Oneroso enigma a ser desvendado

Tua aliada, a penumbra, te faz formosa

Em tua vida, o estigma do corpo (ab)usado



És mulher, és mãe, és amante

És esposa, concubina, namorada

És da vida! Pessoa sem regalias, despojada

És artista, dissimulas a dor lancinante



Exposta amiúde a tais mazelas

Restou de tão melancólica sina

Uma pálida rosa amarela



Murchaste e a cor não é mais aquela

A outrora imaculada, doce menina

Aparenta jamais ter sido donzela.

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