segunda-feira, 15 de novembro de 2004

SAUDADE



A dor lancinante da saudade

Faz-se, por vezes, imperiosa.

É a dor que, sem dó nem piedade,

Expulsa-nos da passividade

Colocando-nos em laboriosa

Busca da felicidade.



Saudade do que não temos,

Saudade do que não vemos,

De tudo em que não cremos,

Embora demais amemos.



Dói, mas move

Rumo a tudo que nos comove.

Dói, mas faz sentir

Que devemos e temos para onde ir.

Dói, mas acalanta

Em memória daquele que não mais canta.



Saudade, dor pungente,

Paradoxo que nos faz gente.

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