quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

O livro acima, cujo título fala por si só (mas nem por isso deixarei de registrar minha singela opinião sobre o mesmo), é de leitura absolutamente obrigatória a todos que queiram conhecer a verdadeira gênese do capitalismo mundial. O organizador d'O Livro Negro do Capitalismo, o francês Gilles Perrault, oferece-nos uma primorosa compilação de textos, na maioria de compatriotas seus, que elucidam com cristalina nitidez os meandros deste sistema político que é hoje - e historicamente assim o foi - o grande responsável pela decadência das sociedades, a dizimação de povos, o aviltamento indiscriminado do ser humano, sempre em nome do capital. Injustiça, discriminação, desigualdade, exclusão social, fome, miséria, são algumas das "conquistas" deste modelo econômico que, estranhamente, privilegia exclusivamente o TER em detrimento do SER. Traça-se, nesta obra magnífica, uma autêntica "linha do tempo" do capitalismo, desde o que foi chamado por Adam Smith - terminologia retomada posteriormente por Marx - de "acumulação primitiva", período compreendido entre os séculos XVI a XVIII, abordando com pertinente ênfase as duas grandes guerras, a revolução russa, o Iraque com suas reservas de petróleo, a covardia no Vietnã, chegando até aos dias de hoje com o oportuno tema "Os mortos-vivos da globalização". Sempre sob um ponto-de-vista crítico e esclarecedor que, com freqüência, choca-nos e enoja-nos ao desvendar para o mundo a torpeza absurda e desumana com que atuam os senhores do capital.



É o livro que estou lendo no momento. Uma leitura densa e rica. Recomendo!

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