domingo, 6 de março de 2005

INDAGAÇÕES

E se, porventura, minhas ações, meu comportamento, sejam repletos de generosidade tão-somente para que eu possa receber em troca elogios de corpo presente que satisfaçam meu ego? E se meu egoísmo chega a tal ponto de locupletar-se orgasticamente com o reconhecimento alheio de virtudes que não possui, e somente assim dá-se por feliz? E se meu pseudo-altruísmo coloca-se sempre na ansiosa expectativa de alguma forma de gratidão após qualquer atitude generosa de sua parte, como que cobrando o seu preço?

E de que vale ser bom e magnânimo sem o devido reconhecimento? De que vale um belíssimo quadro guardado em uma velha caixa incógnita na escuridão do sótão?

E de que valem tantas perguntas sem respostas?

Pensemos nisso. As respostas virão com o tempo, talvez num sonho, talvez numa conversa franca com um amigo, talvez num solitário momento de reflexão, talvez na mesa de um bar.

Um comentário:

Anonymous disse...

esse aqui que eu nao entendi