quarta-feira, 25 de maio de 2005

PARALELAS

Encontramo-nos tão juntos, e distantes
Paradoxo tão difícil de explicar
Com palavras... Tento apenas suportar
Este sofrer que eu nunca sofrera antes

E este nunca transformou-nos em amantes
De um amor que é tão proibido de se amar
De uma dor que é tão doída de expiar
Colocou-nos par-a-par de agora em diante

Impossível travestir-se de bonito
Sentimento que nunca se encontrará
Pois, acuado, lá e cá está circunscrito

Por agudo e mais alto que seja o grito
Muito pouco, ou quase nada, adiantará
Paralelas só se encontram no infinito.

Nenhum comentário: