Ah... o amor! Entidade metafísica, porém, de uma crueldade carnal
Truculento mercador de dores e prazeres – tanto por atacado como a varejo!
Sim, porque o amor apresenta-nos prontamente, sempre que o conclamamos, sua tabela de preços escorchantes
E tanto mais ele nos custa quanto maior e mais intensa for sua vitalidade
Muitas vezes, cobra-nos sossego, paz e tranqüilidade
Noutras, leva-nos a independência e a privacidade
Exige-nos, nas mais inusitadas situações, elevadas doses de humilhação, restituindo-nos meias-patacas de orgulho e, sem que percebamos, desfalca-nos totalmente de amor-próprio
Amiúde, reivindica-nos renúncias e total dedicação, pois, embora implacável, é de uma fragilidade comovente
E, invariavelmente, extorque-nos infinito sofrimento como moeda de si próprio, fazendo-nos desacreditá-lo e, no ápice da dor, maldizê-lo.
O sofrimento é inerente ao amor, e daquele este se alimenta com voracidade
Portanto, caríssimos, atentem: se não há sofrimento, creiam-me, não há amor
Porém, ao contrairmos dívida de tal monta, tornamo-nos infinitos credores de felicidade, cuja cotação está em alta, e, tão somente assim, completamo-nos.
Há que se pagar o preço.
Truculento mercador de dores e prazeres – tanto por atacado como a varejo!
Sim, porque o amor apresenta-nos prontamente, sempre que o conclamamos, sua tabela de preços escorchantes
E tanto mais ele nos custa quanto maior e mais intensa for sua vitalidade
Muitas vezes, cobra-nos sossego, paz e tranqüilidade
Noutras, leva-nos a independência e a privacidade
Exige-nos, nas mais inusitadas situações, elevadas doses de humilhação, restituindo-nos meias-patacas de orgulho e, sem que percebamos, desfalca-nos totalmente de amor-próprio
Amiúde, reivindica-nos renúncias e total dedicação, pois, embora implacável, é de uma fragilidade comovente
E, invariavelmente, extorque-nos infinito sofrimento como moeda de si próprio, fazendo-nos desacreditá-lo e, no ápice da dor, maldizê-lo.
O sofrimento é inerente ao amor, e daquele este se alimenta com voracidade
Portanto, caríssimos, atentem: se não há sofrimento, creiam-me, não há amor
Porém, ao contrairmos dívida de tal monta, tornamo-nos infinitos credores de felicidade, cuja cotação está em alta, e, tão somente assim, completamo-nos.
Há que se pagar o preço.
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