quinta-feira, 26 de abril de 2007

OUTONO



Hoje, tão-somente hoje, preciosa e precisamente hoje, soprou-nos a face o outono. Em que pese os vinte e tantos dias de impontualidade...

...SEJA BEM-VINDO!

É-me a estação favorita e sempre assim o será – ainda que extemporânea.

E hoje, tão-somente hoje, descansou o verão, após longa jornada extraordinária não-remunerada!

E chega-nos, o outono, personalíssimo como sempre e romântico como nunca. Com suas precipitações tímidas e insistentes e seus ºC sempre abaixo do que supomos.

Outono de tão suntuoso garbo! A estação da ruptura. Somente o seu porte imponente ousaria antepor-se ao sisudo e taciturno inverno para dar guarida quase paterna ao irrequieto e imprevisível verão.

Vez por outra, naquela gélida brisa de fins de setembro ou naquele sopro cálido de meados de abril, outono e primavera visitam-se, pois, embora relativamente apartados no calendário, vivem um intenso caso de amor atemporal.

Nenhum comentário: