segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O SAMBA AINDA RESPIRA!

Teresa Cristina e o Grupo Semente

Sua voz é de uma sonoridade reta e precisa, sem floreios desnecessários, tampouco arroubos virtuosísticos. Sua afinação, irrepreensível. Sua interpretação, única - faz-me até acreditar que o samba não é samba, senão no seu cantar. Estou falando de Teresa Cristina: uma negrinha de sorriso franco e contagiante, porte miúdo e delicado e com uma voz sublime. Encantei-me na primeira audição (bendita seja!) e tanto mais me encanto quanto mais a ouço. Encantem-se, também.



A canção com a qual ora brindo-lhes chama-se Depois de Tanto Amor, do gênio Paulinho da Viola, cuja parceria nesta interpretação conferiu-lhe ares de oração - com o endosso do poeta. Jamais escutara Paulinho da Viola tão bem colocado em uma voz feminina.

Há que se fazer honrosa referência ao Grupo Semente, que acompanha a intérprete maravilhosamente. Poucas vezes o samba foi tão respeitado tão bem representado

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