quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

AMENIDADES

Estou resgatando, hoje, numa insólita tentativa de desvencilhar-me da apatia criativa em que me encontro, uma prática que, noutros tempos, fora-me relativamente existosa no que tange ao penoso, porém plenamente recompensador, ofício de escrever e a sazonalidade com que se apresenta, para o escritor, o entusiasmo criador. Assusta-me o abatimento literário que me tomou por morada. Neste desconfortável ensejo, retomei minhas anotações e apontamentos - sempre à caneta, nas páginas de uma velha agenda dos idos 2006, que jamais exerceu a função para a qual foi originalmente concebida -, que, a princípio, irrompem aleatórios e desconexos, mas que, num segundo e providencial momento, revelam-se valiosos pontos de partida de muitos escritos.

Na referida agenda, rabisco versos avulsos, rascunho idéias absurdas e repentinas, transcrevo sonhos - e pesadelos! -, registro diálogos inusitados e curiosos que brotam, aos borbotões, do cotidiano e, essencialmente, arrolo toda sorte de verbetes que me causam estranhamento durante as minhas leituras e que reputo de grande valia para eventuais futuros escritos.

O dia de hoje rendeu-me três preciosos verbetes, pinçados de leituras diversas, que, por um motivo ou outro, chamaram-me a atenção, e, prontamente, dispus-me a anotá-los:

JANOTA (que ou quem se mostra afetado no vestir), JOCOSO (que provoca o riso; engraçado, divertido, cômico) e IMPOLUTO (não poluído, que tem ou revela dignidade ou elevação de caráter; honesto, virtuoso). Pretendo passar a utilizá-los, com moderada freqüência, sempre que couber, manifestando solene respeito às suas respectivas acepções.

Creio que estas primeiras notas irão-me auxiliar muito em mais esta batalha em busca das letras perdidas.

Era isso!

Um comentário:

Sergio disse...

É sempre inestimável o passeio por este blog. Minutos de leitura e abstração que valem por dias de tortura da mesmisse social.