Não me
venham com sonetos
Falas-finas, madrigais
Nem, tampouco,
com agouros
Vaticínios e que
tais
Não me
comovo mais
Nem tenho medo
Meu couro já
está curtido
Duro, espesso,
doído
Minha alma,
impenetrável
O olhar, vitrificado
Os sentidos, insensíveis
E os punhos, cerrados
A vida é assim:
Leva a poesia
Prescreve a analgesia
E farda-nos para viver
E para morrer, um
dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário