Minha companheira de já dez anos viajou e eu não resisti:
dormi com Capitu. Ainda que ela, antes de sair, tenha-me feito prometer que
isso jamais tornaria a acontecer (sim, já dormimos juntos, Capitu e eu, noutras
oportunidades. Mas a minha amada, magnânima que só ela, sempre me perdoou.
Claro, não sem passar-me uma dura carraspana, antes), eu fraquejei e descumpri
o prometido. É que eu me senti muito sozinho, ontem. A cama larga demais, o
quarto frio – em que pese o calor da noite –, a sensação de abandono, a
saudade... Capitu aceitou o convite e, em parte, dissipou minha angústia. Essa
Capitu é bem cadela, mesmo!
CAPITU: quase um ano de idade, sem raça definida
(vira-latas), recolhida na rua em uma noite quente do verão passado e incorporada
à família com todas as honrarias da casa. Dorme comigo, de vez em quando, sob
os veementes protestos da patroa (na sua ausência, naturalmente). Briga boa de
comprar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário