sábado, 21 de julho de 2018

EU FIZ UM PEIDO


A expressão “soltar um peido”, tão consagrada em nossos diálogos cotidianos, sob minha ótica, é inadequada para o fenômeno. Não se “solta” um peido, produz-se-o. O peido, ou melhor, aquilo que virá a sê-lo, só será verdadeiramente peido no preciso momento em que os gases intestinais romperem, ruidosamente ou não, a resistência do esfíncter e puserem a cara no mundo. Ali, sim, temos a mais genuína expressão de um peido! Portanto, caríssimos, quando alguém disser “eu fiz um peido”, reconheçam os méritos do autor da obra. Ele fez, mesmo, não somente soltou.

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