Não me tentes entender
Não o quero e nem vale a pena
Tentar – já o tentei
Entender-me – nem eu me sei
Só sei que sou pequena
Sombra do que me quis
E sobra do que me pude
Algo entre covarde e infeliz
Coisa pouca e obscena
Precisamente? Não sei dizer
E de tentar, eu, tanto, e amiúde
Compreender-me sem nem poder
Reitero: não me tentes entender
Pra além deste vil e desprezível ser
Pois entendi que tentar já é o fim
E eis-me ali, em plenitude
Humilhado em mim.
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