quinta-feira, 14 de abril de 2005

DESINSPIRAÇÃO

É incompreensível o marasmo criativo sob cuja espessa névoa me perdi, com a mente embotada e totalmente cego e insensível a qualquer tipo de estímulo externo. Olho fixa e demoradamente para a folha em branco e minha testa só faz sangrar! Nada me vem, estou oco de conteúdo, de inspiração. Nem verso, nem prosa, nem frase, oração, não, tampouco epitáfios, aforismos, anedotas, nada... Resta-me tão-somente, como o faço neste exato momento, discorrer sobre o não-escrever. E, assim, começo a curar-me, pois para fazê-lo, lanço-me com dolorosa dificuldade no espaço vazio da ausência total, tateando o nada numa ânsia perturbadora de encontrar algo - inspiração, idéias, entusiasmo criador - até encontrar-me comigo mesmo novamente. Então, não mais ausentar-me-ei de mim, mas presentear-me-ei abundantemente de eu.

Neste instante, começo a curar-me.

Um comentário:

Anonymous disse...

Produçao, meu amor, produçao!!!
Chega de coisas "copiadas"!!!
Beijinhos da tua Guria.